Biografia de Ariano Vilar Suassuna

Romancista e teatrólogo, Ariano Suassuna nasceu a 16/06/1927, na então cidade da Paraíba, atualmente denominada João Pessoa, capital do Estado da Paraíba. Filho de João Suassuna (governador da Paraíba entre 1924/28), viveu o ano de 1929, com a família, na Fazenda Acauhan, no sertão do Estado. Em 1930, quando episódios políticos resultaram na morte do governador João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque (assassinado por João Dantas que era primo da mãe de Ariano), ele teve que abandonar, com a família, a Paraíba e foi morar no município de Paulista, PE. Na cidade de Paulista, os Suassuna tomaram conhecimento do assassinato (no Rio de Janeiro, a 09/10/1930) de João Suassuna (como represália à morte de João Pessoa) e o órfão Ariano retomou, com a família, a peregrinação, fugindo dos conflitos políticos: voltou à Fazenda Acauhan e, em 1932, foi morar na Fazenda Saco, também sertão paraibano. Em 1933, mais uma correria: vai, com a família, morar no município de Taperoá, interior paraibano. Adolescente, em 1942 Ariano Suassuna muda-se para o Recife, onde passaria o residir definitivamente. Foi no Recife que Ariano conclui o curso ginasial (Colégio Americano Batista) e o colegial (Ginásio Pernambucano e Colégio Oswaldo Cruz) e formou-se em Direito (1950) e em Filosofia (1960). Iniciou a carreira literária escrevendo poesias aos 16 anos de idade. Em 1950, contraiu tuberculose e ficou dois anos acamado; quando recuperou a saúde, tentou seguir a carreira de advogado mas, não obtendo sucesso, tornou-se diretor do Teatro do SESI. Em 1956 assumiu a cadeira de professor de Estética na Universidade Federal de Pernambuco. Publicou sua primeira peça teatral ("Uma Mulher Vestida de Sol") em 1947. Outras peças de teatro: "Cantam as Harpas de Sião" (1948, reescrita sob o título "O Desertar de Princesas"); "Auto de João da Cruz" (1950); "Auto da Compadecida" (1955); "O Santo e a Porca - O Casamento Suspeitoso" (1957); "A Pena e a Lei" (1959); "A Farsa da Boa Preguiça" (1960); "A Caseira e a Catarina" (1961). Com o romance "A Pedra do Reino" (1971) conquistou o Prêmio Nacional de Ficção, do Instituto Nacional do Livro. Foi, também, diretor do Departamento de Extensão Cultural da Universidade Federal de Pernambuco; secretário de Educação e Cultura da prefeitura do Recife e membro do Conselho Federal de Cultura. Com outros intelectuais, fundou o Teatro Popular do Nordeste (TPN) e o Movimento de Cultura Popular (MCP) ambos no Recife. Em 1970, foi o idealizador do Movimento Armorial, criado no Recife com a proposta de "realizar uma arte erudita brasileira a partir das raízes populares da nossa cultura". Foi Secretário de Cultura de Pernambuco durante o terceiro governo de Miguel Arraes, 1995/98.

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